4 de agosto de 2016

a Libélula vermelha




Céu de outono:
Tão rico, dourado.
Lá, libélula vermelha
Longe, baila, paira.
Parece 
que para.

Quando foi mesmo que eu corri atrás de seu voo?
Quantas vezes a libélula me fugiu... buscou o que é longe?

Será ilusão?
Parece 
que para...
Terá gosto 
de amoras
que eu 
colhi...?

A libélula 
vermelha lá

baila 
na pon
ta 
do 
ba
m
bu

ou 

per
to 
de 
m
i
m
?





* Peter O’Sagae. Uta-no-Iê (Cultura FM, 1992).

Este poema livremente inspirado em uma canção de ninar japonesa foi também integrado ao espetáculo Bazar de Poesia (Dueto Produções, 2012) que circulou por SC e no RS. Em cena, Fernando Benedett e Zuka Rossi. Figurinos, carrinho e adereços: Jolcinei Luis Bragagnolo. Concepção e dir. Fabiano Tadeu Grazioli.

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