Espreitando através das frestas...
Eu sou tão cinza,
ó Deus amado!
O Senhor se lembra de mim?
Sempre perseguido,
sempre acuado.
E a miséria mordisca do meu lado
o vazio que me enche o prato...
Por que maltratam
um rato assim?
Meu criador não é o Senhor?
Quero ficar bem escondido,
dê-me a migalhaa que me livra da fome,
longe das garras
daquele demônio
de olhos verdes.
Amém!
Versos de Carmen Bernos de Gasztold (1919),
tradução de Peter O’Sagae (2013) rev. 2018.
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