Bom Deus,
eu giro, giro, giro sem fim
neste aquário transparente e frio
sem conseguir encontrar meu próprio caminho!
Ai, Senhor,
livrai-me deste confinamento d’água
e das visões terríveis que através dela
eu vejo!
Dai-me a liberdade das correntes
e das límpidas fontes.
Fazei que eu não seja apenas
um peixinho
v e r m e l h o
em sua prisão de vidro, mas
uma centelha viva
na mansidão dos regatos!
Que assim seja!
Versos de Carmen Bernos de Gasztold (1919),
tradução de Peter O’Sagae (2013) rev. 2018.
Ah, outra versão consta no livro de 2018, como Oração do Peixe-Dourado.
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